20.7.07

quis ouvir a minha opinião...

Fim do Los Hermanos

O disco 4 já esteve inserido ou deveria ter estado (e como ponto de partida) no recesso da banda.
A ausência de criatividade é notória, não pelo nome do disco ou pela arte da capa - esses são os sinais de maior criatividade do disco. Claro, dizem exatamente o que está guardado ali dentro: música pra boi dormir.
Mas falta de criatividade mesmo foi lançar o disco em LP.
Aliás, falta de criatividade é aquela música do Raulzito: "conversa prá boi dormir".
E dizer que a banda é quadrada.
E que Skol desce redondo.
Mas o campeão é a cerveja sol, que tem uma falta de criatividade no nome e na "capa", se chama Sol e é uma cerveja mexicana.
Los Hermanos já "nasceu" sem criatividade.
Uma banda de colégio, uma música sobre uma menina por quem um amigo mantinha um amor platônico. Não há nada mais Elvis e brega do que isso.
Banda de garagem. Guitarras distorcidas, barbas sujas. Entrar no palco fumando, (pasmem) o vocalista Marcelo Camelo ainda faz isso.
Então sim, claro, por isso foi comparado ao Chico Buarque. Não pela música.
Aliás o Chico Buarque com aquelas músicas da feijoada e aquela sobre o cotidiano é o cantor mais sem criatividade do Brasil. Pois do mundo, já citaram os Beatles por aqui, eu li. E se eu entrar para falar de originalidade, teria que antes dizer sobre um blog onde li que o Chico Buarque é estúpido e o Sérgio Buarque é um gênio.
O blog dizia: "O gênio buarque...(não Chico, o filho estúpido, mas Sérgio, o pai gênio)".
Já leram algo mais original???

"Quem é que no brasil não reconhece o grande trunfo do xadrez?" (Raul Seixas)

12.7.07

O virgem e chininha.

Estapafúrdio sentimento que brada de um peito liso.
Entrego-me na desonra de uma relação infrutífera, conclamada pelo priapismo acometido.

Desfio suas vestes e tomo posse deste domínio.
Estouvado, pelo desejo, esqueço-me da mortalha.
Acaricio seus seios nus, igualando-me ao Eros de psique.
Todo o mal, que afligia, desaparecera.

Na face deste sonho esverdeado a pureza perdia-se na incessante sedução do amor carnal.
As aves declamavam poesias, o momento chegara.
Dúvidas migravam para outrem.

-Doce criança, conduz meus olhos, pois não vejo nada.
Peço-te uma lasca de tua pele, para lembrar de ti.
Siga, então, as aves cantoras, e estacione meus olhos quando o pôr-do-sol adentrar teu corpo.

-Não irei deixar-te, pois deste sangue que tirastes estava minha essência.
Segure minha mão, e deixe-me guiá-la.

João e Maria (A vida do campo)

Acorda, João.
O galo cantou para a tormenta iniciar-se novamente.

Repousa, sofrido.
Deita no colo de tua mulher,
e deixa ela falar sobre amor. Coloca sua mão na tua cabeça, indagando, cinicamente:
Mulher, faz-me um cafuné.

Acorda, trovador.
Maria já despertou, o galo já cantou; é hora de se despedir.

"Mulher, fostes minha por anos, mas não tenho condições de dar-te o melhor. Nossos filhos e nosso gado morreram da peste. O que nos resta? Tomai um veneno, logo após seguirei o mesmo rumo e deitarei-me ao lado teu".

Flores da liberdade (A influência do sagrado)

(...)As rosas cresceram no meio da armadura de concreto.
Fixaram-se no solo, juntaram energias e dissiparam suas ideologias.

Praguejando, aproximaram-se satânicos:
"Terracota maléfica, crescei em meio ardiloso e liberta-te da haste".

Rezando, vinham os católicos:
"Que Deus venha até ti, e traga-te ternura para seguir o caminho".

Pétalas ao chão.
O âmago, do ser livre, desprende-se na gélida noite do domingo.
As flores da liberdade são corrompidas.
Do negro cálice ao sangue,
Do laicismo ao ponto final.

O conciliábulo decide,
omita seu poder, mas siga suas regras.
Das aleivosias que irás dizer, sou imune.

Superior és a todos que transgredirem meus ditâmes,
pois, assim, serás salva da ira do irracional,
do adutor de desequilibrio,
Eis que estarás em frente ao sagrado imortal.