Acorda, João.
O galo cantou para a tormenta iniciar-se novamente.
Repousa, sofrido.
Deita no colo de tua mulher,
e deixa ela falar sobre amor. Coloca sua mão na tua cabeça, indagando, cinicamente:
Mulher, faz-me um cafuné.
Acorda, trovador.
Maria já despertou, o galo já cantou; é hora de se despedir.
"Mulher, fostes minha por anos, mas não tenho condições de dar-te o melhor. Nossos filhos e nosso gado morreram da peste. O que nos resta? Tomai um veneno, logo após seguirei o mesmo rumo e deitarei-me ao lado teu".
12.7.07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário