30.11.07

Revoltas animais - O psicopata.

Antes de mais nada não sou o que escrevo.
Escrito em 2004.
Nem corrigirei os erros.
Ps: Numa poesia, como em uma redação, uma palavra como matarei, repetida, "mata" qualquer linha de pensamento.
Mas, o que importa é a idéia.
Depois irei refazê-la, com novos conceitos e novas técnicas.

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O começo deste fim jocoso.
O final da vida sem sentido.
O sentimento do sociopata medroso.
A dor de um romântico enrustido.

Matarei meus medos.
Enterrarei, no subconsciente, que você existiu.
Cuspirei na sua face e rirei do ridículo ao qual se permitiu.

Jogarei sinuca com seus olhos,
Encherei de sangue seus pulmões.
Se fosses homem arrancaria seus colhões.
És mulher então arranco seu mamilo;
Na sua boca, gozarei pelo prazer não vivido.
Na sua vulva plantarei sementes demoníacas.
Comerei uma por uma suas artérias Ilíacas,
Para que sua pelve seja fechada.

Te matarei, desgraçada!

Cometerei suicídio, um dia, para ficar na lembrança
Dos seus entes que sofreram com o estado da sua insignificância.
Para não me verem na cadeia.
Para não terem o gosto da vingança!

Sou o monstro que mostro ser.
Não sou nada além de matéria em decomposição.
Sou novamente o Anticristo.
Sou o morto desta nova geração...

25.11.07

Voltei.

Voltei,
A realidade me chama para avisar que minha vida apenas começara...

Voltei,
Porque me chamastes de perdedor.
Por acreditar que, na verdade, sou o retrato da coerência,
A imagem do salvador.

Voltei,
Porque sou egocêntrico,
Imbecil, menino ingênuo...

Voltei,
Porque sou vencedor e nunca acreditei que o sonho, realmente, acabou.

Voltei,
Pois sou todos os sonhos infantis;
Com alguns toques de consciência e estupidez vis...

Enfim, voltei...
Pois sou a força maior da qual tanto precisei.
Porque tenho fé em mim e isto é a única idiotice que falei...

A magia passou, o consciente se sobrepôs ao Subconsciente.
Alucinações,
Doenças filantrópicas.
Sou um novo ser.

Morri, mas tinha uma missão.
Descobrir entre eu e vocês uma relação.

Olho as paredes, visualizando, nas sombras, as almas.
Para, enfim, saber.
Sou tudo que esperava não ser.
Eu sou ao avesso você.

7.11.07

O brasileiro só se fode.

Adaptação de "O brasileiro sonhador", 2004.
Tava revendo algumas poesias e escritos antigos.
Acabei vendo esta.
Se bem que não estava assim, estava cheia de erros gramaticais.
Mas, os corrigi e aí está.
São duas histórias em uma só.


Vou voando às nuvens.
O sonho me possibilita tudo.
Guio-me pelas estrelas.
Das três Marias à ursa maior.

Torno-me um pássaro...
Criptográfo, na memória, todos os lugares por quais passei.
Até os quais nunca quis, realmente, conhecer.

Já fui até Paris, sentir o movimento astral.
Já fui para doce Roma, da arquitetura e gastronomia fenomenal...
Agora estou no Brasil.
Putz... Que país marginal!

Ricos são homens... Pobres, bichos!
Por que será que sustentam tal mentalidade Boçal?

(PAUSA)

- Uma bala atravessou a parede.
Uma criança acabou de morrer.
Seu único crime foi não ter como se esconder.

-Por que, Deus?
Por que nos abandonastes?

Triste, enfim, por saber que estes apelos não serão escutados.
Pois pequei, como tantos outros, pequei por ser, sempre, sádico. -

Racionalizei...
Então, pois, aos meus olhos, aqueles pés, contraídos, bradavam pela libertação.
Tamanha é minha dor que vôo bem alto.
E com um rasante me jogo ao chão.

Como esperava...
A morte é o fim do pensamento e início da desintegração carnal.
As vísceras já se mostravam pútridas.
Pedaços e mais pedaços, deste corpo, esparramados naquele solo fértil.
A ressurreição viria com a corrente de ar que passava.

O brasileiro acaba de morrer.
O hino nacional não faz mais tanto efeito.
A mão no peito, demonstrando amor à pátria, se tornou clichê.
A esperança deu lugar à desconfiança.

No inferno, explicava-se ao demônio.
“Cumpri meus deveres, jogando meus direitos no lixo.
Amei minha pátria, mas ela virou-me as costas.
Tentei modificar o país, honrei a bandeira.
Enfim, vi desmoronar meus sonhos, meus ideais.
A lucidez se foi ao ver a juventude falecer sem culpa”.

E ele, por fim, o disse:
"Vivestes em uma sociedade hipócrita, senil e ultrapassada.
Mas, sem fé na revolução, fostes a caça do predador de almas".