25.8.07

A esquizofrenia capitalista - O manifesto, pós-morte, social.

Uma lágrima e os olhos tornam-se enrijecidos.
Suas drogas e fraquezas o fazem de eremita.
Naquele momento a existência é pura conveniência.
Dilatado em uma mesa cirúrgica, pensa em si próprio.

Boom!
A morte encerra o ciclo.

- És tu a fada que cintila minha fauna?
- Não, mestre das facas.
Sou a personalização caótica do medo.
- Onde dormes tu quando estou de joelhos?
- Em estratélares, diante de teus olhos fechados.
- Uhm... Entendo.
Serás tu então aquele que me busca?
- Abra os olhos...
- Que assim seja.
- Teus sentidos foram bloqueados, não sentirás emoção alguma.
Não escutarás, não verás, não falarás.
Sou o mensageiro do teu apocalipse.
- Como assim?
- Tu viverás em estado vegetativo, és agora um corpo vazio.
- Não, estás errado!
Sou revolução.
Os sentidos embriagados na poesia e prosa.
- Tu serás o que pretendias ser.
Caminhes pela claridade e deixa a esquizofrenia manifestada.
És a direção contrária.
Saberás, então, que em todas as sonatas,
prosas socias, teu nome não será incluso.

- Então, pois, serei a flecha no escuro, sem nada atingir.
Derrubarei estes muros e encararei o mal que me aflige.
Serei o protegido e execrado.
A memória do amor perdido.
Sem meio-termos.
Vou ter o que sempre quis ter,
Dinheiro, mulheres e o poder.

Abração, Bananildo!

2 comentários:

Anônimo disse...

farrapinha!!!
tomar suquinho no meu canudinho??
um pouquinho de raul pra rebater!!


...Lá vai nosso herói Dr. Paxeco
Com sua careca inconfundível
A gravata e o paletó
Misturando-se às pessoas da vida
Lá vai Dr. Paxeco
O herói dos dias úteis
Misturando-se às pessoas que o fizeram


Formado, reformado, engomado
Num sorriso fabricado
Pela escola da ilusão
Tem jeito de perfeito
No defeito
Sem ter feito com proveito
Aproveita a ocasião


Dr. Paxeco, vai doutorar
Dr. Paxeco, foi almoçar
Do Do Do Do Do Doutor
Do Do Do Do Do Doutor
Paxeco


Perdido, dividido, dirigido
Carcomido e iludido
Tem nos olhos o cifrão
Disfarça na fumaça
e acha graça
Sem saber que a rua passa
Entre a massa e o caminhão


Dr. Paxeco não vai voltar
Dr. Paxeco foi almoçar
Dr. Paxeco não vai voltar
Dr. Paxeco foi almoçar...


(Dr Paxeco (Raul Seixas))

Anônimo disse...

drogas e fraquezas.
o eremita sim, o é por conveniência
a existência. larga e densa
quando não aproveitada.
é um viver sem beleza
é igual a se esconder sem destreza.

um curinga que esqueceu-se da graça da desgraça. que bebeu lágrimas da cachaça
e ébrio como um porco... não mais é usuário da sutileza
não se embriaga nem com a lua nem as estrelas
veste roupa esmerada para subir na adornada mesa de palha
rodeada por urubus sem asas

mensageiro do apocalipse
que abandona em desgraça
uma vida sem escárnio,dor e ameaça
mas também
vida enjaulada,
delimitada
muros altos,
cinzentos,
que confundenm-se com o céu da tua alma

não se despeça da ressucitada quase crucificada vanguarda
revolução que esta por vir
e que te pede que faça parte dela.

adeus capitalismo.
adeus vícios e consumismo
adeus simbolos. adeus falso moralismo
materialismo e vilania
hipocrisia e negligência, se tornaram cusparadas fétidas
que hibernam no vácuo de uma festa. burguesa.ou. plebeia.
onde se alimentam da própria mente. e da sua... que falece e fica a mentir

viva o desapego, o amor sem preceito
o querer sem desespero
o ceder sem receio
a prepotência direcionada,energizada, transformada em instrumento do saber.
humildade que prevalece, uma face que irradia vontade de viver...

eu realmente adoro como você escreve
apesar de ter repudiado o fim desse último post
vítima de meu comentário
talvez pernicioso. talvez equivocado.
só vim para pedir permissão de lhe indicar no meu blog. pode ser?