30.8.07

A morte de Rique Farr Sunsa

Hoje ao acordar segreguei lágrimas,
Transformei presas em flores,
Senti a culpa pesar nos ombros.

Haraquiri!

Punhal insano, intermitente.
Motivação carnal, e novamente a loucura se faz presente.

- Infecundo, te renego proles.
O manto te reavivará pra sofreres o mal dos tolos.

Hoje ao acordar relembrei mágoas,
Atrofiei o sistema imune,
Uma picardia necessária.

Pensei.
Resguardei-me então.
Lutei e até chorei ao não crer na realidade.

Deus, te peço perdão.
Mas, viver não é mais uma satisfação.
Despeço-me do mundo, assim como me fizestes:
Com nojo e obrigação!

6 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

primeiramente,

obrigada por visitar meu blog
como tinha um prazo fictício, "premiei" vocês sem autorização.

comentário..
" morte de rique farr sunsa"
essa insatisfação
você vive ou apenas existe?
sobrevida.
já tentasse de tudo e fizesse os maiores absurdos que permearam sua mente?
uivasse reverenciando a lua?
se jogou ao léu.
despiu os próprios olhos
e contemplou a nudez do céu
a sensualidade disforme das nuvens
e a companhia despretensiosa de um amigo
apenas se deliciando com a presença contagiante de tal ser
parou de cobrar algo da vida
e lembrou que pode sentir sabores e começar a vagar, perambular
pelas ruas, pelo ar...
a dor é um privilégio, dos que podem sentir
mas o prazer é pleno para quem sente sem sucumbir
quem não depende de algo para ser feliz
e se acostuma que isso é possível.
será que isso é fantasiar e se desviar da realidade?
ou descobrir trilhas menos nebulosas
e que ao se deparar com o escuro. o negrúme inerente a sua sombra
enlameado podes ver que a podridão é serventia da casa
mas que você pode escolher
livre arbítrio... ou grades fermentadas com desejo
desejo de fuga. estas cansado da terra do nunca?

é sempre arriscado comentar. poesias que tem algo a declarar
ou desabafos que começam a gritar e crepitar na aura de quem lê
despautério ou não. peço desculpas se me empolguei.
acampei em selva bucólica mas em estado de transição
os vermes se aproximam. cantando e dançando.
comemorando...
fauna e flora. que me são desconhecidas.


respost.ao.ps:só agora realmente ponderei sobre o título que designou;
esquizofrenia capitalista]
então se torna uma conclu~são tendenciosa. não sei se você elucidou muito bem o caminho pelo qual todos acabam enveredando.
ou se tb foi algo de cunho pessoal.
pq sim, o poeta escreve vislumbres de si mesmo. de maneira mistificada, é verdade
mas deixando frestas espaçosas e convidativas para quem se deixar cair nesse poço inexorável, perpétuo da condição humana.

resposta.ao.ps2: hm. talvez não seja do seu agrado o que irei falar...
eu conhecia esse blog faz algum tempo.e quando li, senti necessidade de comentar.
contrariando minha atitude costumeira, não me privei de ter esse deleite.(leviano?)
fui eu que comentei no iconoclasta negação. que gostei muito, por falar nisso. e acabamos nos confrontando sem motivo aparente.
até sei quem es. descobri pouco depois que havia comentado no blog,
contudo na época tinha decidido não aproveitar a deixa e comentar.
então acabei nunca mais vindo. só que essa tal premiação ocorreu, e seria quase uma hipocrisia da minha parte, não indicar esse blog por quaisquer motivo que fosse. então só... criei esse blog faz pouquíssimo tempo.
e nesse
sentido, o anonimato,
deixa as pessoas menos intolerantes,racionais e criteriosas

uma conversa vira um soliloquio devido a pré-julgamentos ou barreiras fundadas pelo convencionalismo. mas se quiser digo quem sou. agt ja se viu. mas para mim não faz muita diferença.

Anônimo disse...

"Deus, te peço perdão.
Mas, viver não é mais uma satisfação.
Despeço-me do mundo, assim como me fizestes:
Com nojo e obrigação!"

Sunsa
Admito:
estás de parabéns mais uma vez.

___________________________
Joe
Você não respondeu minha pergunta.

___________________________
Beijos.

Anônimo disse...

não creio que o poeta fale sempre de si. Farr Sunsa é um ser que absorve sensações nem sempre palpáveis.
mas!
desta vez sinto que realmente ele estava falando de si.
e por isso gostei mais do que os outros escritos seus que li até hoje.
porque para mim seus pensamentos são muito importantes pro mundo, mas são todos sobre o mundo e sobre todo mundo.
e o mundo todo, para mim tem pouca importância.

ratzq cante comigo, para o meu farrapinha!!

"porque nasci pra querer consertar o que não pode ser...carpinteiro do universo inteiro eu sou..."
(raulzito)

Fernanda Passos disse...

Excelente poesia. Muito bem escrita e com um teor de revolta, desconforto. gosto disso.
abraços. te vi no vanguarda e resolvi conhecer o blog.

Anônimo disse...

compreendo... em momentos tristes,angustiantes...
a poesia, as palavras,
nossa própria companhia,
isolada de qualquer outra,
é reconfortante...
apesar de não amenizar o que estamos sentindo.
sinto muito pelo que presenciou, sinto mesmo...
nessas horas percebemos com mais intensidade o quão vulneráveis somos perante o todo. que não se apieda.

é... cada um com sua terra do nunca particular!
mas você sabe, ao escrever estamos permitindo a entrada de visitantes ou ao menos que tenham um vago vislumbre...

ah sim! não teria como você descobrir quem sou.
mas esse joguete é, no mínimo, desnecessário.
já que não saber a identidade é algo que te deixa intrigado, lhe pouparei desse incômodo.
é a irmã de renato.
ele tinha seu blog no histórico, então entrei por entrar. mas gostei muito do que li..
ai depois, creio, de uns dois,três dias
ele comentou que era seu. e até então só te conhecia por "farrapa"
mas mesmo sem te conhecer, vejo como es um rapaz de sorte, amigo de renato e de iurinado!
saudações guri!