Caos.
Imóveis, os fracos ficam.
Cegos, crédulos, mudos
Veneram uma luz que não faz sentido.
“Ó, Senhor, salve-nos”
Pálidos.
Marchando, os fracos fundem-se.
O rubro, a alma, as necessidades
Violadas pela aceitação da cristandade.
Uma única força,
Um único grito,
Um único desejo.
“Ó, Senhor, salve-nos”
Um abismo abre-se no meio da multidão.
Uma luz, uma única luz, emanada de uma fenda.
Os animais fogem, os homens se ajoelham.
“Ó, Senhor, salve-nos”
- Hoje, vocês morrerão.
Não irão para o novo mundo.
Não existe novo mundo.
Hoje, vocês morrerão.
“Ó, Senhor, salve-me”
Os homens correm em todas as direções.
Os animais retornam num único grupo.
“Ó, Senhor, não me mate”
Os animais sobrevivem, pois morreriam em grupo, todos juntos, uma única força.
A luz ressecou os olhos dos homens.
Primeiro uniram-se e depois se desuniram pela salvação.
Os animais fugiram e voltaram juntos.
Todos os homens morrem.
25.11.08
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