25.5.09

Faz tanto tempo que não nos vemos
Que por algum momento surgiu alguma incerteza
Talvez pelos móveis, não sei
Podem ter duvidado da minha espera
Estão no mesmo lugar desde o sempre
Mas parecem estar um passo atrás
Talvez a sala tenha sofrido com o vazio
A solidão mata de asfixia
O coração bate tão forte que sufoca
A cozinha é amiga, mas muito silenciosa
Os quartos estão fechados
Tornando mórbidos os corredores
Meu quarto está desesperado
A televisão grita e as cores brilham
Há sempre uma luz acesa
Iluminando os meus olhos bem abertos
Até que o sono surre minha nuca
De manhã acordo olhando para o telefone
Depois de fingir me preocupar
Sem obter sucesso para me concentrar no jornal
Meu cotidiano é sem gosto
O meu mel não gruda

Um comentário:

Juliana Porto disse...

Joga esse pote de mel fora.
E compre algo menos calórico ou menos trabalhoso.

Se o problema é a saudade ou não saber...Você tem todas as respostas.

Mexa-se!

Te adoro.

Beijos