13.12.06

Das chagas à cura

Das minhas chagas sinto haurir a dor.
Resoluto, parti para o ilusório.
Como um infante atrás de diversão,
faço de mim o heliotropismo floral.

Haustos e cigarros.
Bohêmio e presciente,
Drogado, mas consciente.

Refúgio de outrora,
tornou-se o tormento do presente.
As palavras suscitam de um crucifixo.
Sustento heresias como proteção.

Não há Deus, disso tenho convicção.
Sou o sustentáculo da voz por trás do medo,
Feitor de um povo sem razão.
Iconoclasta por preconceito.
Ilibar de dogmas, eis a minha missão

Um comentário:

Anônimo disse...

primeiramente pude apreciar essa poesia no orkut. em uma comunidade apropriada para seus feitos.
mesmo que não obtenha retorno continuas a escrever.
afinal..
fico a ler e a ler novamente.
continue sempre. boémio?
se nas desgraças encontra tua filosofia..
e ao se posicionar contras os dogmas existentes liberta-se da hipocrisia humana, lutando contra si mesmo, afastando-se dos convencionalismos sacais. frivolas, são nossas preocupaçoes.
viver o acaso. encontra-se e repudia-se, mas so tem a si. aceita-te e descobre a vida, os infortunios que nos levam a aprimoração, talvez falsa.
gosto de como escreve o/