30.12.06

Lapsos de fúria

Um segundo e o pavor é consciente.
Hecatombes nucleares fazem a insanidade violentar-me,
gritam a favor da vileza.

O sol espanca-me com suas armas anti-congelantes,
raios ultravioletas.

Inconsciente.
Sociedade contemporânea estrangula o amor.
Tenho direito ao colo edipiano,
mesmo quando a tormenta da insegurança faz tremer a balança.

A família destruída pela falta de moral.
Uma tépida guerra fria criada pela mídia anti-erudita.

Julgo;
pelas faces que tive que arranhar.
Surto;
pelos dias que me pus a sonhar.

Não serei o martírio de suicidas,
o herege dos católicos.
Mas ao fogo jogarei todos os lúcidos/beoscios.

O prazer desconhece minhas lamúrias.
O sangue coagula e torno-me um doente.
Digno de livros, contos e poesias subseqüentes.
Sou eu o lapso de fúria.

Nenhum comentário: