Postando poesias do meu pai.
Esta foi escrita para o ídolo máximo das 2 últimas gerações: Ernesto "Che" Guevara.
"Certo dia, conheci um homem.
Fiquei pasmo com a crueza de suas verdades;
Não tinha meias-palavras
Para exprimir seus angustiados pensamentos:
Era ousado, como os insanos, os amantes, os infantes;
Falava manso, macio;
Arrumava as frases
como facas afiadas,
que dilaceravam a paquidérmica
couraça das consciências.
Era presença obrigatória junto aos ninguém, aos nada da vida.
Combatia a ausência,
corria, tinha pressa,
sabia do traçado tortuoso
de sua curta existência;
Dizia coisas incompreensíveis:
Éramos iguais como são os
monótonos rostos chineses!
Vivíamos sob a mesma lei
E tínhamos o mesmo destino, puro, limpo, cristalino.
Curava as pessoas com conceitos filosóficos e, mais ainda,
Quando nada dizia, ou da medicina se esquecia;
Era médico de profissão,
Humanista por vocação,
Libertar era a sua missão".
Dilson Siqueira de Assunção.
26.4.08
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