1.9.08

A minha morte

A minha morte não será digna.
As lágrimas, que forem derramadas, não serão verdadeiras.
Os meus olhos se fecharão para não ver tanta mentira.

Verei viúvas que nunca existiram.
Na tristeza, na alegria, buscando ser a própria dor.
O negro, das vestimentas, contrastando com o branco de um sorriso sardônico.
E a imagem de uma família retratada em um andor.

Falsos moralistas que perturbaram minha existência.
Afastem-se deste corpo que não possui mais alma.
Chorem, estas lágrimas de colírio, em seus templos de cristã-decência.

A minha mente chama para planejar minha despedida. Recobro os sentidos, mas quando poderei crer que minha vida não passou destas angústias e raros momentos afetivos?

Compreendo que os pudores levaram-me a solidão.
Olho, então, para este fim dispendioso.
O medo, de não ser aceito, os pensamentos desconexos.
De jovem problemático, tornei-me um adulto sem solução.

Ah! Esta morte não será sentida.
Não será, sequer, digna.
Não terá parente.
Pois, agora, percebo (...).
Sou, de fato, um indigente.

2 comentários:

Vera Lucia disse...

Rique,
Se eu morasse só um pouquinho mais perto, levantava dessa cadeira agora e ia te dar um soco na cara... pra ver se tu para de dizer essas besteiras.
E se for outra daquelas cartas suicidas, a surra vai ser maior.
Tá, eu sei que tu és bem mais forte do que eu, mais tu vai deixar eu te bater só um pouquinho né??? Bato fraquinho... bem fraquinho...

AHHH Rique, falando sério: não gosto de ler esse tipo de coisa, ainda mais de alguém que gosto.
Prefiro te chamar de safado.

Então tá, estou indo, e espero que quando eu voltar, o clima já esteja melhor por aqui...

Beijos...

Anônimo disse...

hmm.. safadinho...
é que nem café.. morre no pau!!