O medo persegue o meu inconsciente acorrentado ao sopro da noite
Meus olhos podem ver mais quando não posso controlá-los
Os ouvidos estão mais aguçados
Meus passos tornaram-se mais pesados
Nas avenidas que se transformaram em vielas
As ruas de meu quintal
Formam calçadas irreconhecíveis
Eu não me reconheceria
Pálido e negro
As sombras perseguem minha escuridão
Meus fantasmas só assustam na luz do fogo
O mesmo que incendeia a luz dos meus olhos, que se apagam no choro
Vigiam-me os olhos de quem me seduz à noite
Me olha de um céu tão distante
Cravaria agora mesmo um punhal em meu peito
Mas sabe que eu não posso resistir aos seus mistérios
Se até a lua tem crateras
Por que eu insisto em morrer ?
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6 comentários:
Quanta angústia nesse poema.
Se enxergasse verdadeiramente a luz dos seus olhos, não faria este questionamento.
Beijocas.
=***
Dos arquivos ou do presente?
Apesar de eu preferir textos e e sentimentos mais leves, gostei bastante dos dois.
Beijo.
Que tristeza tão distante do joe habitual é essa?
"Se até a lua tem crateras
Por que eu insisto em morrer?"
Tenho bons motivos para acreditar que a tristeza empresta beleza a todas as coisas;
~
Faz 2 séculos que não venho no Yaler. Voltei através de uma visita da Juliana Porto do meu blog atual (quase chorei quando vi o puppet ali do lado... faz 1 mês que foi deletado).
Beijo, André.
Banana, vc escreve muito bem, de verdade.
De vez em quando passo aqui e sempre percebo isso.
Que pessoa cheia de meandros, caminhos internos, elementos, energias diferentes, tudo isso formando essa pessoa que vc é.
vc é canceriano, signo regido pela lua..vc falou da lua aqui.
lua que reflete a luz do sol, o espelho do sol, que ilumina a terra à noite..
sim, a lua tem crateras mas tb tem luz..
reflita então vc tb a luz do sol, deixe que ilumine suas crateras mais profundas..
beijos!
administrador malvado !!
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