29.7.08

O amor por Lola Sartrim.

Desta luz que carregas em tuas mãos,
que escondes para que outros não a vejam,
do toque de um amor chovido,
deste olhar penetrante,
sussuro, aos prantos, nas sombras:

As chagas que me trouxestes,
a invisibilidade aos olhos teus,
os cruéis raios vindos do rio,
não são suficientes, amor meu.
Não, quando apareces na constelação.

Vigorosa, esplêndida como nenhuma outra.
Roubo o último cacho em busca de sinais cardinais.
É chegada a hora do fogo, amor.
Os pés resvalando na terra batida,
a inveja - consumindo-me - dos amantes correspondidos,
tornam-se os últimos floreios para um fim, antes, descabido.

A dor de ver em meus punhos espinhos de um Cristo,
os olhos fechados, como vidros rotos.
É a finalização desta insanidade causada por um beijo.
Os pecados deste mel que a mim fora proibido
transformaram-se em meus últimos latejos.

2 comentários:

Vera Lucia disse...

Ei, espera aí, essa Lola é a mesma da história contada no teu outro blog???
Parece que é, mais se ela for uma criação tua, não poderias dar-lhe uma chance para que possa viver esse amor intensamente???
A vida real já é tão cheia de desencontros, que pelo menos na fantasia podemos criar relacionamentos possíveis e felizes...
AHHH, já sei: daí não dá "ibope", porque as pessoas tem uma tendência enorme de gostar daquilo que é problemático, que foge da rotina, mas apesar dessa tendência, a maioria também prefere que o final seja feliz...
Estou torcendo pela Lola!!!
Beijos...

Juliana Porto disse...

E o menino do cavalo branco ataca outra vez...rs*
É legal passar por aqui e nunca saber o que encontrar, Henrique , você não tem nada de previsível e assim são seus textos.
Cada dia algo inesperado!

Abraços...